Para quem argumenta a favor da eutanásia, acredita que este seja um caminho para evitar a dor e o sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem qualidade de vida. Um caminho consciente que reflete uma escolha informada, o término de uma vida em que quem morre não perde o poder de ser ator e agente digno até o seu fim.
A escolha pela morte, não poderá ser irrefletida. Os componentes biológicos, sociais, culturais, econômicos e psíquicos têm se ser avaliados, contextualizados e pensados, de forma a assegurar a verdadeira autonomia do indivíduo que, alheio a influências externas a sua vontade, certifique a impossibilidade de arrependimento.
"A dor, sofrimento e o esgotamento do projeto de vida, são situações que levam as pessoas a desistirem de viver". Tal frase nos conduz a pedir o alívio da dor, a dignidade e piedade no morrer, porque na vida em que são "atores" não reconhecem a qualidade. A qualidade de vida não pode ser um demorado processo de morrer.
Será que vale a pena tentar slavar uma vida que se encontra em uma condição de vida tão precária? Este ato pode ser uma satisfação para nós que estamos do outro lado da situação, mas para quem está no processo de morte, talvez não.
Nenhum comentário:
Postar um comentário